domingo, 27 de maio de 2018

Consumo e consumismo e a produção de resíduos (lixo)


                                                   

 No consumo, a compra está diretamente relacionada com necessidade ou sobrevivência. Já no consumismo, quem adquire não precisa e o produto não tem utilidade imediata. Em alguns casos, o consumismo pode ser considerado doentio quando o ato de comprar está ligado a ansiedade e satisfação, onde o consumo se torna uma compulsão.

 A tendência pela compulsão tem suas origens após os eventos da Revolução Industrial, onde os processos de produção e circulação de bens foram potencializados. Com esse avanço, as pessoas se distanciaram do conhecimento em relação aos meios de produção e se tornaram alienadas. E está na alienação a principal dimensão do consumismo: compra desvinculada da necessidade e desconhecimento entre a relação do valor de compra e de uso.
 Podemos destacar também historicamente a possibilidade de poder, já que por muitos anos o consumo era privilégio das classes mais ricas. O desenvolvimento econômico, juntamente com a produção e a publicidade nivelam atualmente os desejos de crianças e adultos. A criação e a valorização de padrões de comportamento de sucesso e vida bem-sucedida, reforçados e apresentados pela mídia, faz com que pessoas de classes sociais distintas tenham as mesmas vontades e o investimento de esforços para adquirir bens que não precisam. 

*Consumo infantil:

 O consumo infantil vem crescendo rapidamente. Além das propagandas que fazem despertar o interesse pelos produtos nos pequenos, há o fator onde os pais são facilmente influenciados e perdem o controle em relação aos pedidos e exigência dos filhos. A época de natal, por exemplo, é onde o consumismo infantil mais aparece, as lojas ficam lotadas de pais saciando os pedidos de seus filhos.

 A orientação deve vir por parte dos adultos, onde a criança é ensinada sobre limites, a se fazer a pergunta “eu realmente preciso disso?”, controle financeiro e até mesmo a saúde mental e física. O bombardeio do consumismo nas crianças deixa a árdua tarefa de que é essencial ser o que é.

 Nessa faixa etária é normal a fase da aceitação de grupo, competividade e desejar os produtos que “todo mundo tem” aumenta o consumo em uma forma de inserção social, onde a criança “necessita” tais brinquedos, passeios, roupas e sapatos específicos por influência de um determinado grupo.

 O consumo consciente e responsável pode ser ensinado as crianças, independentemente da idade. Além de ensiná-las a adquirir produtos de qualidade e de acordo com as necessidades a fim de não desperdiçar, mas economizar dinheiro.O valor passado de pais para filhos é essencial. Se o pai for consumista, provavelmente o filho seguirá os mesmos passos. Se o pai for econômico, o filho futuramente saberá administrar, planejar e investir naquilo que for fundamental.

                               

 *Produção de lixo:
 O excesso de dejetos resultantes do consumo desenfreado. Em outras palavras, “LIXO”! Por “falta de tempo”, pois trabalha muito para manter seus padrões de consumo, o individuo não pensa na melhor forma de cuidar dos materiais que não lhe interessam mais, depositando-os de forma inadequada no meio ambiente e causando graves danos à natureza! Danos estes que retornam ao ser humano em forma de desequilíbrio. Um antigo ditado oriental já ensinava: “O seu lixo sempre volta à sua porta, cabe a você escolher a cara dele!”! Assim como também ditava Antoine Laurent Lavoisier, inspirado em pensadores que o antecedeu: na natureza nada se cria, nada se perde e tudo deve ser transformado. Mas parece que a humanidade ainda não entendeu conceitos básicos e necessários para manter equilíbrio e a vida. Nos últimos anos, com o fenômeno da globalização, houve um grande aumento na oferta de crédito, principalmente para as classes menos abastadas. Isso ocasionou aumento do poder de consumo entre os mais pobres. O que não quer dizer que hoje tenhamos menos indivíduos em situação de pobreza do que antes da globalização, mas sim, que muitos povos pobres foram inseridos no mercado, através do crédito, tornando-os, além de pobres, endividados. O fato é que, o aumento do poder aquisitivo das classes menos abastadas teve reflexo direto no aumento da produção de lixo e na destinação inadequada.

 O problema da produção de lixo está estreitamente relacionado ao consumismo, agravado pela explosão demográfica, males que precisam ser sanados urgentemente pelo ser humano, sob pena de levá-lo à degradação. Indivíduos, famílias, sociedades, governos, todos devem contribuir para a solução do problema. Começando por cuidar cada um do seu próprio lixo. Buscando: Repensar o que é de fato lixo; Reduzir, diminuindo o consumo desnecessário; Reutilizar, evitando o desperdício de energia e dos recursos naturais; e reciclar transformando a matéria que seria dispensada em recurso renovável. Não podemos nos deixar consumir pelo consumismo do mercado, pois afinal, nós estamos no topo dessa cadeia, somos consumidores.

*Lixões:
 De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe), a cada ano, 30 milhões de toneladas de resíduos vão para o lixão sem nenhum tratamento. Os resíduos são colocados em lixões ou aterros a céu aberto sem controle ambiental ou tratamento. Essa prática gera gás natural metano (CH4) que é um dos responsáveis pelo efeito estufa e a decomposição da matéria orgânica produz o caldo chorume que é altamente poluente.


 Sem a impermeabilização do terreno dos lixões o chorume se infiltra no solo e contamina o lençol freático, com efeitos nocivos sobre a água, a flora e a fauna e comprometimento da saúde pública. O problema também afeta a economia e questões sociais.

*Aterros Sanitários: 
São terrenos que possuem um sistema de drenagem que absorvem líquidos e gases da decomposição dos resíduos orgânicos e o metano é coletado para armazenagem e queima. Nessas áreas os resíduos são compactados e cobertos por terra. Desta maneira, o solo e o lençol freático ficam protegidos da contaminação do chorume. 
                                      
                                   

                                                                  Aluno: Guilherme Muniz  



Nenhum comentário:

Postar um comentário